Será que estamos próximos do fim das lojas físicas? É o fim do varejo?

A Pandemia trouxe mudanças ao mundo que irão se perpetuar daqui para frente, chega a ser quase impossível que o homem viva sem as possibilidades abertas por esse advento. A forma como nos relacionamos com a tecnologia hoje, com certeza não é mais a mesma que a de dois anos atrás.
Depois de tudo isso e novas configurações de comércio surgiram através da internet, nos levam a questionar: afinal é o fim do varejo? Diante da era digital a qual estamos vivendo, os marketplaces estão acabando com as lojas físicas?
Em uma pesquisa publicada pelo Euromonitor indicou que até 2025 as lojas físicas continuarão respondendo a 82% do total de vendas e que, mesmo depois dessa data, ainda conseguirão se manter no mesmo percentual.
Além disso, outras pesquisas também apontam que os varejistas têm se decepcionado cada vez mais com o resultado da extensão online de seus negócios. Mas isso também pode variar e não se aplica a todo tipo de mercado, que é o que precisa ser observado, cada setor pode ou não funcionar em seu modelo online.
Apesar da comodidade que o mercado online apresenta, existe uma peculiaridade nas lojas físicas que não podem ser superadas: o imediatismo do produto ao vivo e a cores, onde ele pode obter naquele momento e levar para casa.
A experiência de experimentar o produto, tocar, sentir a textura, o aroma, as possibilidades de cores, tudo isso é uma atribuição específica das lojas físicas. O que o meio digital já se limita a aquela apresentação do produto visual que não permite a experiência presente. O consumo imediato do produto é sim um grande motivo para que o comércio físico permaneça invicto.
Mas afinal, qual a importância da loja física?
Na cultura ocidental a qual fazemos parte, o ato de ir às compras está além do que apenas uma ação de necessidade, muita das vezes funciona como uma atividade de lazer, um momento familiar, ou mesmo, uma distração. As pessoas têm o hábito de ir até uma loja, pesquisar preço, experimentar produtos e analisar as ofertas. Isso é algo cultural em nossa sociedade, um fenômeno que não pode ser transformado assim por conta do advento moderno digital, existe toda uma lógica social por trás dessa prática.
No entanto, já vivenciamos a renovação de inúmeros sistemas consolidados, a exemplo a Netflix que superou as tradicionais locadoras de filmes. Com um acervo disponível online, a facilidade ao acesso transformou a maneira social de consumir conteúdo audiovisual. Outros sistemas também passaram por esse boom tecnológico, como o Spotify e os aplicativos de transporte.
Mas afinal, isso diz alguma coisa a respeito do e-commerce? Provavelmente não, já que estamos falando sobre coisas bem distintas. Nesse meio existem as vantagens e desvantagens de ter uma loja virtual, mas as vantagens não implicam no fim do varejo e lojas físicas. Assim como, as desvantagens também não tornam o e-commerce irrelevante.
O que pode vir acontecer, que já está acontecendo, é os dois modelos funcionando de forma simultânea, pois o comércio online continuará crescendo. Sendo assim, é bom sempre ficar atento às novidades surgindo no mundo online e agregar o que a tecnologia pode oferecer para melhoria da experiência física. Integrar o online na experiência física é a grande tendência para o melhoramento do varejo.
Você deve estar se perguntando, mas qual o futuro das lojas físicas?
Bom, integrar-se ao mundo das tecnologias e tendências digitais para o melhoramento da experiência de compra dos clientes. Algumas dessas tendências já estão sendo experimentadas no mercado, como é o caso do uso de realidade integrada à experiência de varejo, onde o cliente experimenta virtualmente roupas e sapatos direto do provador.
Outro exemplo é a utilização de Bots, Apps, Telas e Scan-and-Show, onde os clientes possuem autonomia para realizar suas compras e pagamentos. Tudo isso pode tornar as lojas físicas mais modernas e menos burocráticas. Ou seja, como a internet pode destruir negócios bilionários do varejo? Ainda não sabemos, mas a maneira como ela pode melhorar esses negócios é, com certeza, fazendo parte deles.